Brazilian | Ph.D. in Forensic Psychology
@UniKent
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@UFRGS
alumni - Interested in Feminism, and Violence | Writing about life in both Portuguese and English
Absolutamente em choque com o relato. Não tem nada de “afrontosa”. Tem falta de educação e respeito, pra dizer o mínimo.
Ps. Não conhecia os noivos e a noiva PEDIU pra ela não fosse depois de se autoconvidar. Pra não ficar “à toa”, ela foi 👌🏻
Poderia falar de mil coisas úteis. Preferiu vomitar sua obsessão pelo emagrecimento (seu e alheio) mais uma vez 🫠
E pensar que tem uma caralhad* de psi seguindo como “exemplo”.
Sinceramente, sabe?
Me parece, por vezes, que somos obcecados com uma ideia de transparência e sinceridade que serve mais ao nosso próprio ego (“porque eu falei a verdade”) do que ao fortalecimento das relações. Quaisquer que sejam elas.
Muita mulher com medo de ficar solteira (“sozinha pra sempre”) e pouca mulher com medo de viver um inferno compartilhado.
Esse é o (um dos) problema(s).
Vou tentar ser bem didática aqui:
Lara Nesteruk e Fernando Conrado têm tanta competência, conhecimento e condição para falar sobre relacionamentos, quanto eu tenho pra falar de física quântica.
Parem. Simplesmente parem de dar palco e DINHEIRO pra essa galera!
O que se convencionou chamar de “química” nada mais é que a sensação de familiaridade com uma dinâmica de (des)afeto conhecida.
Não gostamos, necessariamente, do que ou de quem nos faz bem. Gostamos do que nos é familiar.
ser terapeuta clínico significa, muitas vezes, despir-se de toda a sua dor e engolir o próprio choro, para então ser capaz de ouvir e acolher a dor de outra pessoa.
eu gostaria que as pessoas tivessem dimensão do quão difícil é fazer isso...
Que se registre: nenhum homem pode ser um agressor de mulheres e ao mesmo tempo um “bom pai”.
A experiência de presenciar violência(s), doméstica é suficiente para que as crianças se tornem - imediatamente! - vítimas do ocorrido.
A falta de reciprocidade afetiva de uma pessoa NÃO É um convite para que você se desafie a provar que merece ser amada/o. Seu valor próprio independe disso.
“Os sinais estavam todos ali”
Sim, estavam.
E sabe o quanto isso importa agora?
ZERO!
Vítimas precisam de escuta e cuidado, não de teorias criadas por detetives de internet.
Esperando ansiosamente pelo momento em que o fã clube de Lara Nesteruk virá até o meu perfil se retratar por três dias de ataques justificados por: “ela não vai dar uma aula, não é um curso, ela só vai contar a história dela e conversar”
A não ser que se tenha feito o diagnóstico destes pais, nomeá-los narcisistas é apenas uma tentativa de patologizar comportamentos que se alicerçam em algo de outra ordem: ex. a crença de que filhos são “posse” de seus pais. Ou seja: um desserviço
Atenção aí,
@UOLNoticias
.
Vou falar uma coisa que pouca gente vai entender, mas talvez alguns psis entendam:
Sem acesso ao caso, levantar hipóteses publicamente é mera irresponsabilidade e vontade de aparecer. ESPECIALMENTE quando falamos de um caso de suic*dio e de um tema marcado por tantos tabus.
Só pra esclarecer.
O problema não é:
1. a psicologia. É, inclusive, injusto colocar uma categoria sob julgamento/descrédito por conta de gente como ela.
2. a TCC. Eu trabalho com a abordagem e tô LONGE de agir assim.
3. inveja. É, dentre outras coisas, falta de autocrítica 👍🏻
Poderia falar de mil coisas úteis. Preferiu vomitar sua obsessão pelo emagrecimento (seu e alheio) mais uma vez 🫠
E pensar que tem uma caralhad* de psi seguindo como “exemplo”.
Sinceramente, sabe?
A manutenção do corpo padrão envolve o privilégio do tempo e do recurso ($) pra se dedicar completamente a ele.
Nenhum trabalhador tem condições de sustentar essa rotina insana de treinos - e, em algum sentido, que bom que não… porque isso tá LONGE de ser algo saudável.
acredito que existam relações não violentas, mas não acredito em relações entre homens e mulheres que não sejam atravessadas, em algum grau, pelo machismo.
A quem possa interessar: você NÃO precisa ter uma “última conversa” ou um momento para “esclarecer as coisas” com o seu abusad0r para ser capaz de seguir em frente. É possível se reconstruir mesmo sem algumas respostas (até porque, algumas sequer existem; outras sequer importam).
Sobre reações emocionais "desproporcionais" ou "descontroladas"
Uma das funções da amígdala cerebral consiste em avaliar o ambiente e detectar, nele, a presença de ameaças. Essa avaliação acontece involuntariamente e durante séculos nos ajudou a evitar riscos. (1/4)
Sobre o post acerca de “gatilhos”, eu acrescentaria:
Conhecer seus gatilhos é responsabilidade sua. Evitar pessoas que conscientemente os ativem, também.
Porque às vezes a única estratégia de cuidado possível é o afastamento.
Só pra lembrar:
Genitor não é (necessariamente) pai
Se ele agride a mãe, ele não é bom pai
Mães não tem que fazer o papel de pai
A culpa pela paternidade de merd* dele, não é dela “que não soube escolher”
Aparecer no FDS/pagar pensão não faz dele pai
Aos demais, feliz dia.
Lembrete importante: você não é responsável pela cura dos seus pais. O trabalho interno é responsabilidade deles, e apenas deles.
Nenhum filho deve ser obrigado a sofrer a dor de seus pais, a sofrer pelos desdobramentos da dor deles ou ainda, de sofrer COM eles.
a masturbaçã0 intelectual de quem passa a vida apenas "fazendo críticas" e apontando faltas e falhas, mas não propõe (nem faz) absolutamente nada melhor.
A escola em que meu irmão estuda foi invadida por pessoa(s) armada(s). Houve tiroteio. Três professoras dele morreram, uma amiga quebrou o pé ao pular do segundo andar pra tentar fugir. Ele só escapou porque resolveu ir pra casa um pouco mais cedo.
Pqp. Eu tô sem chão.
péssimo pai? culpa dela, que não escolheu bem. péssimo marido? culpa dela que não cuidou da relação. filho (insira qualquer coisa que incomode)? culpa dela, que não educou.
no fim, parece não haver situação que exima, da mulher, a responsabilidade pelo comportamento masculino.
Sei que é tentadora a ideia de atribuir um comportamento escrot0 ou violent0 a uma patologia, mas a verdade é que (muito provavelmente) aquele cara que tá falando é fazendo absurdos com a ex é “apenas” um homem comum, AUTORIZADO pelo sistema a agir dessa maneira.
Observo minha filha se admirar no espelho, dizendo “mamãe, eu sou linda” e fico pensando como deve ser gostoso crescer se sentindo confortável na própria pele.
É difícil a convivência com uma pessoa adoecida mentalmente. E a história mostra que mulheres são, em sua maioria, as únicas capazes de suportar o papel de “permanecer ao lado” quando o mundo alheia desmorona.
Mas é quem fica ao nosso lado (se não outras mulheres)?
Ter nascido entre os anos 80/90 significa ter sido doutrinada pra acreditar que magreza = beleza. Resultado? as roupas escolhidas/preferidas eram sempre aquelas que marcavam o corpo, que mostravam o resultado do “trabalho duro” (aka dieta) e, por conseguinte, nosso valor.
No que se refere à violência sexual, a única certeza que temos é a de que a vítima será, de algum modo, e em algum momento, responsabilizada pelo desfecho de sua própria história.
De quem foi a ideia estapafúrdia de submeter um casal recém separado ao constrangimento de ter que explicar seus motivos e processos num programa de televisão?
E quem foi o culpado por “permitir” isso? Cadê a família e os amigos pra pegar pela mão e dizer: NÃO, meu anjo. NÃO.
Crescer em um ambiente violent0 nos coloca, muitas vezes, como responsáveis por: mapear riscos, antecipar necessidades e evitar conflitos.
Resultado? Nos tornamos adultos especialistas em acalmar/atender pessoas abusivas, em vez de aprendermos a nos afastar delas.
Bora transferir pro profissional autônomo a responsabilidade pela política pública de saúde mental que é responsabilidade do Estado?
Ps. Se você usa teu tempo de terapia pra “falar abobrinha” e tá faltando o básico em casa, deveria mesmo investir a grana em outra coisa :)
Fascinante que eu mexi num vespeiro que é a categoria psicólogo que dá presente pra paciente. Eu não fazia ideia que era um grupo tão apaixonado pela causa assim.
vocês todos que estão postando
mensagens sobre “os sinais estavam ali e ela não viu” (ou qualquer variação disso) têm noção de que estão expondo a vítima a uma situação de puro constrangimento né? Afinal, a mensagem é, de novo: por que ELA não fez algo antes?
quase 80% dos psis do país são mulheres. ainda assim conseguimos a proeza de colocar num pedestal apenas um grupo seleto de... adivinhe? homens (brancos) psis.
Talvez, então, ao invés de perguntarmos "por que as mulheres permanecem por tanto tempo em relações permeadas por violência" devamos questionar "quais dificuldades encontram as mulheres ao buscarem - sozinhas ou não - a interrupção da violência"?
Aprender que a gente não precisa de tudo que admiramos/achamos belo em nossa vida.
É possível observar de longe.
É possível contemplar no outro - e só.
É possível desejar - e não satisfazer o desejo.
Mais do que isso: é necessário.
Os grandões da psicologia ficam todos calados quando se trata de direito das mulheres né?
“Psicologia baseada em evidências” … evidências de que eles só se importa em vender curso 🙃
#psitwitter
#pl1904
Uma sala vazia. Gelada. Fria. Um silêncio ensurdecedor capaz de fazer ouvir cada lágrima que caía… E foram muitas lágrimas.
Um ano desde a morte de Catharina.
Um ano da violência hospitalar.
Um ano da dor mais dilacerante que eu já senti.
Um ano.
O reparo - ou as tentativas de reparo - de uma relação são tão ou mais importantes do que o processo de ruptura de um relacionamento.
O rompimento é apenas um pedaço da história. O retrato. Nunca o filme.
O descanso é necessário e ferramenta poderosa de autocuidado. Escolher não fazê-lo - para exibir em redes sociais - não te torna superior aos demais.
Preguiça desse discurso coach barato que impede as pessoas de viver a vida…
Não existe relação saudável sem comunicação. Se você considera toda fala/desabafo, que não a sua/seu, como violência e manipulação é porque você realmente não entendeu o que é abuso.
Não precisa ser mãe pra entender a fala da Fernanda. Inclusive, dá pra ser mãe e não entender.
Quem pode falar, então? Quem entende a dor e o peso do cuidado da criança numa sociedade que esquece das mães.
Antes de acusar uma mulher de desequilibrada ou se apressar em diagnosticá-la com algum transtorno, tente averiguar se ela não tem sido “simplesmente” submetida a diversas violências.
Você não está demonstrando vulnerabilidade quando “fala tudo” pra todos/pra qualquer um. Você só está fugindo de entrar em contato com as emoções que são evocadas em uma conexão genuína com o outro.
Vulnerabilidade é conexão, não “oversharing”.
Absolutamente toda mulher deveria ter a chance de
Passear sozinha por uma cidade,
Sentar num café na própria companhia,
Observar as pessoas sem pressa,
(Re)conhecer espaços…
Considerando deixar uma mensagem automática no meu whatsapp dizendo: eu provavelmente vou esquecer de responder a sua mensagem não por desprezo, desconsideração ou relaxo... eu só não estou, nesse momento, conseguindo interagir. desculpe. e por favor, não leve para o pessoal.
Cursos e posts no insta ensinando como “adoçar a forma de falar”…
(Público majoritário? Mulheres, claro).
Fico aqui pensando quando chegarão os cursos de “parem de nos agredir e nos matar” voltado para homens 🤡
Dentre as coisas assustadoras que as redes criaram está a ilusão de que todo mundo deseja ser “famoso” aqui. E de que não seria possível alguém se realizar pessoal e profissionalmente no “off-line”, longe dos holofotes de qualquer app.
1. Política pública não é caridade.
2. Pessoas assistidas por políticas públicas têm direito de - e agência suficiente para - questionar programas.
3. Vocês gostam de “pobre obediente”. Gostam da ideia de ocupar o lugar de salvador pra tirar foto e postar na rede.
As redes deram (tem dado) uma FALSA sensação de relevância às pessoas e o que a gente tem, agora, é um exército de pequenos tiranos que realmente acham que as coisas mais estapafúrdias ou particulares de suas vidas são, de algum modo, urgências coletivas.
Spoiler: não são 😬
Parece óbvio, mas eu ainda percebo a urgência de lembrar: os problemas não deixam de existir simplesmente porque você escolheu virar as costas pra eles.
É preciso tolerar o desconforto e aprender a lidar com as questões que nos atravessam.
Logo.
existe uma arquitetura de discursos e práticas que aprisiona mulheres em um lugar de responsáveis por sua própria vitimização: porque escolheram o parceiro errado, porque denunciaram, porque não denunciaram, porque retrucaram, porque silenciaram.
no fim, sempre elas.
#DanielAlves
e
#LuizNavarro
: dois homens que, em diferentes contextos e por diferentes razões, esfregam na nossa cara algumas das muitas possibilidades de performance (violenta) da masculinidade.
Violência (vendida) como sex*.
Paternidade como opção.
tem a perda, que te atropela sem pedir licença.
e tem todas as outras pequenas dores, cotidianas,
aquelas que parecem bobas, mas que ajudam a manter a ferida aberta:
os detalhes da rotina;
as perguntas em aberto;
os exames que precisam ser cancelados;
Quando falamos de "ambiente invalidante" estamos falando de espaços onde a comunicação de uma experiência privada é punida, banalizada ou invalidada. Nesse tipo de ambiente (social/familiar), a mensagem é: controle-se, ignore emoções, pense positivo, sorria e, claro, não desista.
Eu sofri três abort0s e eu sei a dor envolvida nesse processo. Só que eu também sei da dor e do impacto de uma violênc1a sexua1.
E é justamente por isso que eu sou a favor de medidas que permitam, à mulher, escolher como proceder.
Vítimas precisam de cuidado, não de prisão.
Admiro mulheres que ocupam espaços, furam bolhas, se reinventam.
Não admiro as que exploram a saúde física/mental e o trabalho (gratuito) de outras mulheres para fazer isso.
Nem tudo é inveja,
Às vezes é só um certo senso de justiça mesmo.
Pra deixar fixado:
1. Não sou fada sensata
2. Também já falei merd* na internet, mas peço desculpas na boa
3. Eu pareço calma, mas por dentro sou um pincher tremendo de ódio
4. Quando eu errar, ao invés de jogar indireta, me avisa? Eu tenho 0 problemas em consertar/resolver 🫶🏻
Nessa última semana eu entrei em contato com alguns sentimentos e emoções dos quais eu não me orgulho. Difícil reconhecer, nomear e - mais ainda - saber o que fazer com tamanho desconforto.
Dentre as violências a que somos submetidas, eu incluiria: não permitir que uma mulher grite a dor de sua perda porque
1. Foi no começo
2. Pelo menos você pode engravidar
3. Poderia ter sido pior
4. Você é jovem
5. Você já tem uma filha
6. Deus sabe o que faz
#perdagestacional
Todo profissional da Psicologia deveria estar apto a reconhecer e manejar - ainda que apenas num primeiro momento - casos de violência doméstica e abuso.
A identificação e cuidado de vítimas dessa violação NÃO É tarefa, apenas, de terapeutas de casais.
comportamentos imorais em uma dada sociedade não são - NECESSARIAMENTE - violentos. traições podem ou não ser abuso. podem ou não ser violência.
quais os acordos? e os significados? qual o contexto? quais os efeitos?
menos frase de efeito e mais responsabilidade, combinado?✌️
Lembro quando a mãe de um ex sugeriu que eu tava com ele por interesse. Desde então eu venho colecionando sonhos que foram realizados com a minha grana, com o fruto do meu trabalho. Cara, que sensação incrível 🥹❤️
Por que cursos para "prevenir/romper" com a violência e o abuso são, na verdade, uma grande PICARETAGEM:
Segue o 🧶:
1.Informação é importante, mas não é suficiente e não te torna imune a se envolver com alguém violento ou controlador.
23:59: a indústria da beleza oprime mulheres e tira delas a energia que deveria ser dirigida à transformação
00:00: Autoestima e empoderamento através de procedimento estético e cirurgia plástica regado a palestrinha👌🏻👌🏻
Difícil demais fazer um trabalho sério nessa rede 🤡
💉ALTA ESTIMA🥼
Alessandro Martins e Gabriel Basílio serão os apresentadores, junto com a psicóloga Cíntia Aleixo e a psicanalista Manuela Xavier, de "Alta Estima" programa do Canal E! sobre cirurgia plástica aliada a saúde e autoestima. Veja!
Em casos de estrupr* é completamente possível que a vítima tenha lubrificação/esteja lubrificada. E isso não tem absolutamente NADA a ver com consentimento. Consentimento é outra coisa.
Fim.
Alguns limites machucam ao serem colocados. Seja por parte de quem o impõe, seja por parte de quem o recebe. Ainda assim, alguns (vários) limites são necessários pra uma vida e relação saudáveis.
Hoje minha filha (1a3m) viu e se encantou pela lua pela primeira vez. Coloquei um tapete na varanda de casa e ficamos, as duas, deitadas observando:
ela, o céu.
eu? a reação dela.
Sem medo de ser injusta: foi um dos momentos mais incríveis da minha maternidade até hoje.