Em breve no Linkedin: depois do "quiet quitting" e do "quiet firing", conheça o "quiet eating", uma tradição de Minas Gerais que chega ao mundo corporativo
Daqui a oito minutos, o Castelo Rá-Tim-Bum completa 26 anos – a estreia foi no dia 9 de maio de 1994, às 19h30.
E por conta disso eu resolvi brincar de thread hoje: para cada curtida, uma curiosidade sobre o Castelo! Vamos lá?
#tvcultura
#casteloratimbum
#anos90
Já é 12 de agosto e nada do
@PsSaopaulo
revelar seu line-up.
Em vez de imaginar que o ~Primy~ subiu no telhado, bora de futurologia e tentar especular quem pode vir pra cá no final de novembro, começo de dezembro.
Entrevistas com artistas gringos são sempre um desafio: além da barreira da língua, muitas vezes existem as limitações de tempo (e a disputa pra conseguir sair do papo mediano de "olha que legal você tá aqui no Brasil"). Às vezes, funciona – e esse papo com a Phoebe Bridgers
12) Já a Penélope ia ser feita pela Denise Fraga! Ela chegou até a fazer alguns testes de figurino, como mostra esse croqui do Carlos Alberto Gardin (que me mandou a imagem quando eu tava fazendo o TCC sobre o Castelo)
também não adianta fazer debate até essa hora quando o trabalhador brasileiro médio tem que acordar cedo e enfrentar pelo menos uma hora de transporte pra chegar no trabalho.
1) O Castelo Rá-Tim-Bum não ia chamar Castelo Rá-Tim-Bum. Ia ser Castelo Encantado, ou Mundo Encantado, de repente da fase do projeto. Mas para conseguir o apoio da Fiesp, o presidente da Cultura, Roberto Muylaert, teve de colocar o Rá-Tim-Bum no nome.
#branding
, eles dizem.
6) Frankenstein não era uma referência nova pro Cao – nos anos 1980, ele e a Eliana Fonseca (que muita gente conhece como a Cacilda do Rá-Tim-Bum) dirigiram juntos um curta de massinha, o Frankenstein Punk. Dá pra assistir inteiro aqui (e e mó legal):
16) Doutor Victor, aliás, que era para ter sido mais Frankenstein e acabou virando uma espécie de Leonardo da Vinci bruxão. A referência é tanta que o Castelo tem até um episódio só sobre o Da Vinci. É bem bom:
7) Aí deu certo. Mas nesse novo roteiro, as crianças viraram coadjuvantes. O protagonista ia ser o cientista maluco – o Doutor Victor. Mas não funcionou direito. Aí surgiu... o aprendiz de feiticeiro, o Nino – inspirado no Mickey de "Fantasia" (1940)
2) O Castelo também não ia ser só um programa... num castelo. A princípio, o Castelo era só um dos muitos ambientes que o Cao Hamburger e o Flávio de Souza bolaram para um novo programa, que ia substituir o Rá-Tim-Bum na grade da
@tvcultura
.
3) Os dois foram contratados para fazer só alguns quadros novos do Rá-Tim-Bum. Mas foram tantas ideias que acabou virando um programa novo – o Mundo Encantado, em que três crianças usavam portais para ir para uma escola, uma ilha, um castelo e até a "loja do Arquimedes".
19) Já o querido Dr. Abobrinha, Pascoal da Conceição, nem ia fazer o teste. Ele fazia dublagens para a Cultura na época e um amigo pediu uma carona pra ir para a Água Branca. Acabou sabendo do teste e fez – e assim o Dr. Pompeu Pompílio Pomposo finalmente ganhou seu rosto.
5) O Cao não ficou satisfeito. Passou uma madrugada toda batucando uma nova ideia, usando um dos ambientes do programa – um castelo, com um cientista maluco à la Victor Frankenstein, e bolou uma ideia de roteiro em cima dele.
29) (O Vila Sésamo, vale lembrar, foi o primeiro programa infantil de peso que a Cultura fez, numa versão brasileira do Sesame Street americano. Eu vou falar mais dele na thread, mas só queria deixar essa foto da Sonia Braga aqui <3)
- pausa para os nossos comerciais, por favor -
(se você não leu a bio nem consegue ver a foto, eu só sei esse montão de curiosidades porque eu escrevi um livro sobre o Castelo, o Raios e Trovões. Saiu no ano passado pela
@gruposummus
. Tá em todas as livrarias. :D)
17) Quem também foi convidado desde o início foi a Patricia Gasppar, que estudou com o Cao e era amiga do Flavio. Ela faz a Caipora, claro – caracatau!
53) A foto de cima da maquete é uma maquete que pouca gente viu. Na verdade, é a maquete original – e que tava na abertura da exposição do MIS em 2014. Mas eu tive a honra de visitar o ateliê do Silvio enquanto ele restaurava tudo. Olha só eu e o Porteiro original, hehe.
30) Pra encerrar as primeiras 30 curiosidades, vamos DESMISTIFICAR uma lenda urbana: não, a
@sandraannenberg
não foi uma das passarinhas do Castelo. É parecido, mas quem fez esse papel foi a Ciça Meirelles, que é... esposa do Fernando Meirelles.
15) Alguns atores, porém, já estavam destinados para o Castelo desde o início. É o caso do
@LucianoAmaral
, que já tinha feito O Mundo da Lua. Ou o Sérgio Mamberti, primeira escolha para o Doutor Victor
4) Quando o Cao e o Flávio foram apresentar o projeto pros chefes na Cultura, era óbvio que aquilo ia estourar o orçamento. Aí eles decidiram que o novo programa ia se passar numa escola. Com bonecos. Tipo uma Escolinha do Professor Raimundo de espuma.
40) Na série, em nenhum momento se fala sobre a mãe e o pai do Nino. Era uma sacada proposital: assim, qualquer criança em qualquer desenho familiar podia se identificar com o Castelo. O Dr. Victor e a Morgana eram figuras masculina e feminina, mas não tinham isso de "pai e mãe"
79) E para um programa que se pretendia universal – uma das coisas bonitas da Cultura é que ela conseguia falar com a criança rica e com a pobre, ao mesmo tempo.
Bem, aí que o Hélio teve o estalo: FAZEDOR DE XIXI. Afinal, é pra isso que serve quando a gente é criança!
10) E quem ia interpretar o Ari era o ator Ary França. Aqui, ele junto com a Marisa Orth no "Durval Discos", primeiro filme da Anna Muylaert como cineasta
51) Sem ninguém exatamente pedir, o Silvio resolveu fazer uma maquete do Castelo. Era inspirada nas maquetes de pirâmides egípcias: elas não só mostravam o todo, mas também as partes e os detalhes da construção.
Fãs da Taylor Swift relatam cobranças - entre eles mesmos - de obrigações para quem acampa na fila por ingressos.
Menores de idade precisam apresentar boletim de rendimento escolar, autorização dos pais e não podem ficar até depois das 18h.
A informação é do Estadão.
14) Eu fico curioso pra saber como seria Mariana, a Menina de Ouro. A direção ia ser do Fernando Meirelles, o roteiro do Flavio de Souza (o mesmo do Castelo, hehe). A princípio, ia passar por volta das 19h – junto com o Castelo, inclusive. Mas o projeto não deu certo.
57) (Pra quem mora em São Paulo, o Silvio também é o cara por trás de uma das obras mais... intrigantes da cidade: o Dom Quixote que fica no Conjunto Nacional de tempos em tempos. Ele saiu da Cultura em 1994)
20) Philippe Barcinski, que depois virou um grande diretor de TV e cinema, era o estagiário do Castelo – mais especificamente, o assistente de direção do Cao , enquanto fazia cinema na ECA-USP. Sem ele, o Castelo teria sido bem diferente.
27) Eram dois indiozinhos que viviam aventuras na mata, com as aventuras narradas pela Caipora. A Patricia Gasppar não gosta do trabalho – ela estava gripada quando gravou as narrações. Lembra aqui:
18) Alguns atores, porém, tiveram de fazer testes para os seus papéis. Henrique Stroeter, que acabou sendo o Perônio, foi um dos que fizeram teste para Nino
Amanhã, sai minha última matéria no
@Estadao
.
Não é a mais nova, é a última mesmo – fechando um ciclo de mais de sete anos. Cheguei ao Limão no final de 2013, como estagiário, me formei, saí, voltei como repórter, virei editor.
21) Jovem e com algum tempo livre, ele vivia indo ao teatro na época em que o Castelo tava escolhendo elenco. E foi assim que ele encontrou três atores diferentes pra série. O Cássio Scapin, por exemplo, foi um deles.
37) Já o figurino delas tem muito a ver com estilistas franceses como Thierry Mugler e Paco Rabanne. Olha só aqui o croqui original do Carlos Alberto Gardin.
23) Por conta do entrosamento, as três crianças acabaram sendo escolhidas para o Castelo. A Cinthya, porém, já andava pela TV Cultura: ela era parte da série O Professor, que a emissora exibiu ali no começo dos anos 1990. Essa era a abertura:
77) A outra grande contribuição do Hélio Ziskind pra trilha do Castelo é a música do Ratinho Tomando Banho. De novo, é importante lembrar que o Castelo era um programa com fins EDUCATIVOS. E ensinar a tomar banho e hábitos de higiene conta muito.
26) A Cultura, porém, teve dificuldades para escalar um ator índio para o papel. E aí surgiu a Caipora. Já os índios foram contemplados na série com os Curumins.
22) Os outros dois foram o Wagner Bello (que fazia o Etevaldo) e o Fredy Allan, que dividia a cena com o Luciano Amaral e a Cinthya Rachel numa peça chamada A Fuga do Planeta Kiltran.
11) O Castelo tem uma série de "quase atores", inclusive. Quem ia fazer a Morgana não era a Rosi Campos. Numa primeira versão da sinopse, o papel era da Myriam Muniz – que acabou declinando.
Essa foto do Bolsonaro comendo sanduíche mostra só um pedaço do que tá errado com esse governo: não adianta "pagar de humilde" em um evento que é para almoçar e estreitar laços com outros países e empresários.
24) Ela teve que fazer o teste escondida porque o diretor de O Professor, Fernando Rodrigues de Souza, não queria perdê-la pro Castelo. (Fernando acabou sendo diretor de cena no Castelo, ou seja...)
O Professor não teve vida longa - até pq parecia bastante com O Mundo de Beakman
28) Ainda sobre a Patricia, ela tem uma história curiosa: é uma das poucas pessoas que viu o Vila Sésamo, de 1972, a cores. O pai dela apresentava um programa na Cultura e ela participava fazendo desenhos. Nos intervalos, ia brincar no estúdio do Vila.
80) Tem duas coisas que eu gosto na música ainda: o uso da palavra "tórax". "É pra criança ter o que perguntar pra alguém, é importante isso", diz o Hélio. E a hora que ele imita o Orlando Silva no "meu pé, meu querido pé". Se liga:
O buraco é mais embaixo: não estamos disputando o "", que é do Bezos desde 1990 e lá vai fumaça.
A questão é a disputa em torno do ".amazon", que permitiria que o Bezos criasse qualquer página, como "discos.amazon" ou "arroz.amazon" (continua...)
70) O Hélio Ziskind ainda tem pelo menos duas contribuições inesquecíveis pra trilha sonora do Castelo. Uma é a música do "Passarinho, que som é esse?". Não era só uma coisa fofa: era para que a criança aprendesse os sons de diferentes instrumentos.
65) Aí o Hélio resolveu pirar na ideia das sílabas e inventou uma letra que tem apenas os fonemas de 'cas', 'te', 'lo', 'ra' 'tim' 'bum'. Sente a doideira e confere:
44) A série de livros do Castelo, inclusive, é uma das relíquias mais legais que eu tenho. Foram 12 livros, inspirados nos personagens, escritos pelo trio Cao, Flavio e Anna Muylaert entre 1995 e 1999.
54) O Silvio, diga-se de passagem, é um cara incrível. Quando acabamos a entrevista, eu e ele estávamos chorando. Além da maquete, ele também fez a árvore da Celeste.
33) Ok, a gente já falou sobre nomes de alguns personagens. Mas vamos de alguns mais. Perguntaram aqui sobre a origem das fadinhas Lana e Lara. Os dois nomes são homenagens que o Flavio de Souza quis fazer.
38) Ah, vale dizer: as duas moram no Castelo e são parentes do Nino, do Dr. Victor e da Morgana. (É até por isso que elas dão bronca no Nino no começo do primeiro capítulo do Castelo, "Tchau não, até amanhã")
41) Mas a mãe do Nino, pelo menos, existe sim! No UNIVERSO EXPANDIDO DO CASTELO, que compreende também uma série de 12 livros lançada pela Companhia das Letrinhas, a mãe do Nino dá uma entrevista pra Penélope.
63) Depois do Glub Glub, o Hélio Ziskind também fez outra canção muito bacana pra Cultura: o tema de "Um Banho de Aventura", a primeira aparição do Júlio, do Cocoricó, bem antes da Fazenda. Eu adoro essa: "cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo onde é que está?"
55) Outra coisa que ninguém queria. Não era pra árvore existir, mas ele inventou. E funcionou – a ponto de, no "mito de origem" do Castelo, ele ter justamente sido erguido em torno dessa árvore, que já era enorme.
82) O visual do Ratinho, em massinha, foi feito pelo artista plástico Marcos Magalhães – cada minuto da animação custou US$ 2 mil, em valores da época. (Vale lembrar que o Castelo estreou quando ainda estávamos na gloriosa... URV!)
43) A mãe do Nino chama Ninotchka – outra homenagem à Hollywood clássica. No caso, a um dos meus filmes favoritos da vida, Ninotchka, com a incrível Greta Garbo.
84) DE VOLTA! Ok, vamos lá. Me pediram para falar sobre o Quarto do Nino – o quarto que, aparentemente, toda criança dos anos 1990 queria ter.
Mais uma das coisas que NEM DEVERIAM EXISTIR, acredita?
31) A Ciça também fez várias outras participações em quadros do Castelo, como o da Pianola e o da Caixinha de Música. Aqui, ela junto com o Fernando, hehe.
45) O lançamento dos dois primeiros livros é a primeira vez que os atores e envolvidos com o Castelo se dão conta de que o programa é um sucesso. Foi em 1995, no Museu da Casa Brasileira, e a fila chegou a parar o trânsito da Avenida Faria Lima.
92) O pessoal da cenografia, liderado pelo Marcelo Oka, não se animou: o Castelo precisava ser mais luminoso, mais colorido, pra ser atraente pras crianças. E aí veio a referência do Antoni Gaudí – sim, o arquiteto catalão que fez um monte de coisa doida tipo a Sagrada Família.
@guerra
@xavier310895
Olá, pessoal. Só uma clarificação aqui: inicialmente, a Sony divulgou a redução de preços e que não fabricava mais o videogame aqui. O que leva à relação lógica entre uma coisa e outra.
Depois, a empresa me procurou dizendo que não fabrica mais o aparelho aqui desde 2017.
50) Silvio Galvão é um dos personagens mais importantes do Castelo. Era o cara que fazia os efeitos especiais da Cultura – autodidata, foi ele que fez a Lua do Mundo da Lua. Essa aqui:
Após algumas horas de sono, um relaxante muscular e botar a louça em ordem, alguns pitacos soltos sobre o dia 2 do
@PsSaopaulo
, pra completar o rolê.
1) Como diria Lulu Santos, "para todo mal, The Cure". Amei a piada que alguém fez aqui que o Cure fez um grande show usando...
46) A história é melhor contada pelo Luiz Schwarz, dono da Companhia das Letras, nesse texto aqui para o blog da
@cialetras
. Tem até uma foto rara do
@lucianoamaral
nesse dia:
62) A primeira coisa que ele fez na Cultura que chamou atenção foi a trilha do Glub Glub. Duas características marcantes: os sintetizadores e o uso de uma sílaba só. GLUB.
Ano passado, o
@c6fest
foi o evento mais legal do calendário – talvez por ser inesperado, talvez por ter reunido uma quantidade razoável de shows desejados (Kraftwerk!) e surpreendentes (Black Country, Comet is Coming, Dry Cleaning). Esse ano... não foi bem assim.
68) Sim: a música tema do caminhão da Ultragaz é do Hélio Ziskind. Volta lá na abertura do Glub Glub e repara como o som de sintetizador é o mesmo. Já a voz é da Vânia Bastos, que tocava com o Arrigo Barnabé.
81) Já o Ratinho em si, tem nome: é Rá-Tim-Bum! Ele é, supostamente, o mesmo ratinho da abertura do Rá-Tim-Bum, o programa "pai" do Castelo. Lembra da abertura? É do... Silvio Galvão!