olha só que bonito:
em Tupi, naáni significa NÃO
e nã significa TANTAS VEZES.
eu, que não sou linguista, mas curiosa e enxerida, fico pensando que as línguas tupi e portuguesa justapostas engendraram assim o “nanãni nã nã não”: não, tantas vezes não.
faz sentido?🧵
vocês imaginam cinco mulheres adultas, uma delas com a filha, descendo para as profundezas do oceano, numa região mais perigosa que o normal, num fusca de latão?
eu não imagino.
homens e suas formas estúpidas de morrer.
acabei de saber que o nome bateria da Grande Rio no desfile dessa madrugada é “O som do rugido da onça”, título do meu romance que trata da história das crianças Juri e Miranha.
como rainha da bateria, a linda Paolla Oliveira.
que emoção!
salve Grande Rio!
salve Grande Onça!
“O som do rugido da onça” foi selecionado para o Berlinale, festival de cinema de Berlim. o livro passou por uma seleção com 190 livros e ficou entre os dez livros com potencial para adaptação cinematográfica que serão apresentados para roteiristas, diretores e produtores💚🐆
eu estava dando aula quando as mensagens começaram a pipocar. não sabia o que era e soube depois: Desmoronamentos, minha estreia no conto, ganhou o prêmio Clarice Lispector, da Biblioteca Nacional. esse livro do qual Clarice é madrinha.
eu não poderia estar mais feliz.
Chico, nosso Chico, com elegância, com humor, com malemolência, com talento. fazendo bonito, honrando esse país. Chico, nosso Chico, um monumento à alegria. e, claro, com uma gravata linda, lindíssima.
saiu na revista norte-americana Variety o anúncio que há tempos eu queria fazer: a South, produtora da Bianca Comparato e Alice Braga, comprou os direitos de “O som do rugido da onça”. um dia desses você pode ver a história de Iñe-e e Caracara-í na telona ou na telinha♥️🐆
miau!
em fevereiro anunciei o “Rugido” entrava na 4ª reimpressão. conto agora que entramos na 6ª reimpressão e quase 23 mil exemplares circulando, sem falar nos e-books. nem nos sonhos mais loucos imaginava um livro meu sendo lido por tanta gente.
#osomdorugidodaon
ça
cerca de 15 mil leitores rugem por aí com “O som do rugido da onça”, que acabou de entrar em sua quarta reimpressão.
obrigada!
ilustração Pepsi Spinoza
escritores, é fato, se acham a bala q matou Getúlio. escritores (e qualquer outro tipo de intelectuais) não são muito mais q carpinteiros. o q muda é o material. então é sempre bom manter nossa amiga bolinha baixa.
(paciência nenhuma p/ iluminadas, iluminados e iluminades 😉)
vocês não sabem como eu estava ansiosa para contar para vocês que meu novo romance, Caminhando com os mortos (
@cialetras
), já está em pré-venda e chega logo mais na sua estante. uma história sobre intolerância, tragédia e também de como o mato é senhor de tudo.
🧶
muita gente tem me falado sobre o quão bonita é a capa de "Caminhando com os mortos". é verdade e dou fé. ela foi criada pelo Alceu Chiesorin, da Companhia das Letras sobre a obra "Jurema Preta Visita Satanás", de Stephan Doitschinoff.
então senta, que lá vem história!🧶
a querida e sempre certeira Alice Ruiz escreveu um texto em que analisa semiótica e ideologicamente a propaganda da Volkswagen com Maria Rita e uma fantasmagoria de Elis Regina criada pela IA. o texto dela, no instagram, é irretocável e nada tenho a acrescentar nesse quesito.🧶
O Prêmio Jabuti 2022 escolheu o livro O Som do Rugido da Onça como Melhor Romance Literário. O enredo é sobre crianças indígenas sequestradas por exploradores do século XIX e é narrado por elas. Envio meus cumprimentos à Micheliny Verunschk pela felicidade do tema e pelo prêmio.
morreu Maria Fernanda, filha da poeta Cecília Meireles. a gastura que me dá ver veículos de imprensa chamando Cecília de poetisa. logo Cecília, que se afirmou poeta. gastura e raiva.
gente estúpida.
@lolaescreva
minha filha, quando era pequena, me perguntou se quando minha mãe nasceu ainda existiam os dinossauros e se as pessoas eram em preto e branco na minha infância 😂😂😂
meu novo romance, “Caminhando com os mortos”, chega em breve. estamos finalizando a edição, que ficará muito bonita. trata-se de uma história sobre perdas, fanatismo religioso e de como desertar pode ser o único caminho para continuar de pé.
imagem | Anna + Elena Balbusso
justiça por Selena, Penha, Cybelle, Flávia e demais vítimas do nazismo à brasileira. que todos os responsáveis paguem, inclusive os mentores intelectuais, que alimentaram o ódio, a intolerância.
@tantotupiassu
vou te contar uma história longa. uma pessoa amiga e muito católica estava hospedada na minha casa. estávamos conversando normalmente quando a pessoa mudou completamente. passou a falar com uma voz estranha, infantil, dizia que ia me matar e matar meu marido.
está chovendo muito em Petrópolis novamente. as buscas tiveram que ser suspensas e eu me pergunto para que raios Forças Armadas no país, se nem para auxiliar a população numa tragédia como essa eles servem.
o que quer, o que pode essa língua?
♥️
[e só essa historinha já seria o suficiente para inscrever Maurício de Souza na Academia. mais que livros de marketing e marimbondos incendiados]
de tempos em tempos a minha lista da preguiça gigante se atualiza:
José Eduardo Agualusa.
(o carregamento vinha girando há semanas, mas hoje foi atualizado com sucesso)
"O som do Rugido da onça" semifinalista do Prêmio Oceanos 2022 com vários livros incríveis de muitos amigos.
parabéns a todos!
[e a linda colagem do
@liefalei
]
não consigo imaginar o Antonio Candido xingando um autor numa rede social (ou, vamos lá, num artigo de jornal). isso diz menos sobre o texto (e o livro que foi criticado) e mais sobre o que alimenta as redes.
[sobre o texto de Itamar Vieira Junior Folha)
pessoal, tive respostas do
@CulturaGovBr
e do
@BancodoBrasil
de q vão estudar formas de incluir Literatura no edital anunciado ontem. obrigada a quem ajudou a repercutir.
e que alegria ter um governo federal com representantes sensíveis às questões culturais.
está disponível o audiobook de “O som do rugido da onça”, na Play Livros, Kobo e Skeelo.
o romance é narrado por mim e foi uma aventura me reencontrar com essa história.
quer ouvir um trecho? quer comprar o livro? segue o rastro da onça 🧶🐆
há sempre alguém tentado a reescrever a história. tentado a chamar uma ditadura de revolução. tentado a chamar a ignorância de patriotismo. tentado a chamar a repressão de defesa dos interesses do país.
hoje, o dia da mentira completa 60 anos.
a data da covardia.
🧶
fiquei uma horinha fora das redes, quando voltei descobri que "O som do rugido da onça" é semifinalista do Jabuti. obrigada a todos que estão enviando mensagens, parabéns aos amigos q são semifinalistas também e a quem caminha junto.
miau!
[o Rugido na fotografia de Fábio Seixas]
a edição italiana de “Caminhando com os mortos” (Resta solo il fuoco “, nas melhores livrarias da Itália, em abril♥️
e essa capa linda que eu estava ansiosa para mostrar pra vocês, “Augurio”, é da María Fragoso Jara.
a literatura é mesmo o patinho feio dos grandes editais. a
@Caixa
anuncia edital de 30 milhões para cinema, artes visuais, dança, música e teatro. cada produtor pode inscrever 10 projetos em diferentes segmentos. e literatura? nada! literatura não é cultura,
@caixa_ouvidoria
?
os livros não precisam ser perfeitos. porque não há livro perfeito. mas o livro precisa pegar na tua mão, leitor, e te levar, sem hesitação. se hesitar, tudo desmorona. mas tudo bem também, porque se sobrevive. e se recomeça.🧶
o curador do prêmio Jabuti, o senhor Pedro Almeida, escreveu texto no facebook onde nega o impacto das mais de 21 mil mortes por covid-19 no Brasil. lamento e repudio tal postura perversa e negacionista e espero, como vários outros escritores, um posicionamento da
@CBL_oficial
e acordo com a notícia de que “O som do rugido da onça” está na final do Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria melhor romance. feliz aqui. parabéns a todos os finalistas.
|a linda fotografia é do Paulo Lannes, do
@lendoarte
mas tem umas coisas que preciso dizer. para além da tristeza de ver, numa cajadada só, a letra contundente de Belchior e o legado de Elis transformados em commodities, a propaganda é cafona. cafona com arroubos de refinamento. e embora eu o aponte, esse não é o problema.🧶
amigos estão compartilhando comigo um twitter que viralizou, a respeito do nome Kayapó de Raoni.
sim, eu sabia. Raoni, Ropni, é onça fêmea.
na época em que eu estava escrevendo o livro soube dessa informação por um amigo antropólogo que também é amigo dele, Adelino Mendez.🧶
@tantotupiassu
buzina recarregável. o carro viria equipado com uma buzina de 500 buzinadas. quando essas 500 acabassem, teria que comprar um refil. o refil custaria meio rim ou um inteiro, motivo pelo qual os motoristas só buzinariam quando de fato fosse necessário.
um país com
@MarinaSilva
no ministério do Meio Ambiente é um país para o futuro com a floresta de pé. parabéns, Marina! obrigada, Presidente
@LulaOficial
.
Ciao!
a boa notícia é que “Caminhando com os mortos” terá uma edição italiana, editada pela prestigiosa
@66thand2nd
, casa editorial de autores como Scholastique Mukasonga e Dany Laferrière.
serei a primeira autora brasileira da casa e estou muito feliz.
grazie!
estou do lado da ciência, mas em parte.
a ciência não é infalível.
em nome da ciência crianças indígenas foram sequestradas e levadas para a Europa no século XIX (sim, estou falando daquelas crianças).🧶
@bruno_pinheiro
@jpcuenca
há dois dias o Cuenca atualizou a clássica frase do abade Meslier “eu gostaria que o último rei fosse estrangulado com as tripas do último padre”, para a situação brasileira e além de receber ameaças do gado bolsonarista, foi desligado como colunista da
@dw_brasil
.
@tantotupiassu
qd meu filho tinha 4 anos começou a falar sobre outros pais que tivera e a vida que vivera no Japão. perguntei se ele já havia sido japonês e ele: não, minha família era russa, mas moramos muito tempo no Japão.
desculpem, não me conformo com a pouca repercussão da exclusão da produção literária do edital do
@BancodoBrasil
fomentado pelo
@CulturaGovBr
. é um grande e importante edital, a Literatura ficou de fora e ninguém fala absolutamente nada.
e “Caminhando com os mortos” traz na orelha esse brinco luxuosíssimo da
@nataliaborgespolesso
.
dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe uma autora feliz.
pela
@cialetras
e em pré-venda em várias livrarias.
@tantotupiassu
ele falava que tinha muitos brinquedos mas que ele e a irmã nunca podiam sair de casa pq era muito perigoso. essas histórias sobre outra vida duraram até quase os seis anos de idade, depois pararam. desde pequeno é fascinado pela cultura japonesa.
era só o que faltava: não se pode mostrar livros pq ofende quem passa fome. nem associar livros à Lula porque é elitista. a esquerda problematizadora fica teclando platitudes. pois o livro é minha casa e meu pão. sim! orgulho do livro e L com o livro. ademais, o choro é livre.
gente, eu estava na varanda e um gavião enorme passou com uma cobra no bico!
comecei a gritar, não de medo, de maravilhamento.
São Paulo selvagem!
(moro nas Perdizes)
a palavra é pedra e mata. vigilância e tolerância zero para o racismo, a homofobia e o sexismo. ainda mais disfarçado de brincadeira, porque a violência de “brincadeira” arregimenta milhares.
a pilha do meu toc.
“O som do rugido da onça” é meu primeiro livro a ter reimpressões. isso desencadeou um transtorno: preciso ter todas as edições. por motivos alheios a minha vontade, acabei sem duas. quem me socorreu no surto foram o
@malditovivant
e o Caio Meira.
Theo, meu filho de 13 anos, é meu editor, revisor, leitor crítico. pois eu li o conto de terror para ele ontem e ele deu um parecer incisivo:
o roteiro é bom, mas não assusta. além do mais seu conto não responde o básico : como e por quê. detestei o final.
❤️
é grande a minha emoção por saber que “O som do rugido da onça” faz parte do onçaral que compõe o enredo da Grande Rio para o carnaval de 2024: Nosso destino é ser onça. 🧶
@tantotupiassu
dizia ser uma menina italiana, Ana Maria Suave, que morreu com 9 anos se não me engano. tinha um sotaque forte italiano apesar de a pessoa ser pernambucana. depois comecei a mandá-la sair do corpo da minha amiga. daí a voz infantil ficou grossa. eu e meu marido tremíamos muito.